sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Sobre mudanças de rumos

Eu tenho pensado muito sobre meu futuro no esporte e como lidar com recomeços e finais.

Estive com duas jogadoras na última semana que me relataram que o corpo delas passou a sofrer muito com os efeitos de anos e anos de alto rendimento esportivo. Elas já passaram dos 40 e apesar de parecerem ÓTIMAS para a idade e externamente mostrarem jovialidade e disposição, o corpo já reclama e não permite a intensidade de anos atrás.

E me caiu uma ficha: temos data de validade no alto rendimento!

Lógico que eu já sabia disso - mas eu nunca tinha pensado pra parar no MEU TEMPO. Como o meu corpo reage à trabalho intenso por anos, competições, viagens, etc.

Uma coisa eu posso ficar tranquila: eu me cuido há alguns anos - desde 2015 cuido da minha alimentação, hidratação, sono, físico. Ponto Positivo. Mas ao mesmo tempo já tenho dores que podem ser por excesso. Ponto não tão positivo. 

E começo a pensar em deixar algumas coisas de lado. Alguns caminhos que me podem me encurtar essa vida de atleta amadora.

Pela segunda vez em 12 meses, e talvez a milésima vez na minha vida, vem a proposta: Roberta, você precisa parar de viajar tanto. Você precisa buscar aquilo que te faz melhor. Roberta do céu: SOSSEGA um pouco!

De verdade, dessa vez, eu parei pra pensar! Parei mesmo. Até meditei para buscar um pouco de paz (parece que a idade realmente te faz ter maturidade). E como boa canceriana que adora fazer as mesmas coisas o tempo todo, tive que quebrar algumas partes do meu coração para chegar na minha proposta de equilíbrio.

Colocado tudo na balança, com minha vida profissional, minha segunda carreira, minha família, eu vou ter que deixar algumas coisas de lado. 
Coisas que fazem parte de mim, coisas que acreditei por muito tempo, coisas que me trazem prazer. Mas não na mesma proporção que outras. Ou que me trazem prazer, mas o ambiente não me favorece.

Pesando positivos e negativos. Achando respostas que já deixam saudades.