Toque.
Toque na pele
Toque Raul
Toque feridas
Troque paixões
Despeja.
Despeja o corpo
Despeja o sangue
Despeja o sentimento
Desprega o quadro
Sinta.
Sinta na alma
Sinta por sin
Sinta por não
Cento é pouco
Pra quem busca milhão.
sábado, 29 de fevereiro de 2020
Quando foi que eu parei
Estive no teatro hoje pela primeira vez em anos.
Foi uma peça tocante, bonita. Falava sobre Deus, sobre fé, sobre música.
E durante vários momentos da hora de apresentação, me veio o questionamento:
"Quando foi que eu parei de chorar?"
É algo que comentei na terapia recentemente - eu, de repente, notei que já não chorava tanto.
Notei que já não abraçava tanto.
Notei que estava muito confortável com minha distância do mundo.
Tá. Tudo bem.
Mas a distância do mundo me faz bem?
Eu hesito em entender o que devo escrever agora. Estou questionando ainda se tenho a resposta pra isso.
Resposta, possivelmente ainda não. Mas sei de algumas coisas:
Estou mais eficiente. Talvez até mais focada.
Parece que focar menos nos outros e mais em você rende. O tempo rende mais.
Estou também determinada a resolver alguns problemas passados.
Abrindo caixinhas que doem e enfrentando alguns desafios internos. Quero estar em paz.
Falo mais "nãos". Como consequência dos dois pontos acima mesmo.
E isso nem sempre o mundo te entende (O mundo lê-se por pessoas próximas)
Mas também sei de outras coisas:
Estou, inconscientemente, me privando de pequenos prazeres.
Estou abrindo caixinhas demais. Acabo não encontrando minhas válvulas de escape.
Estou fugindo das minhas válvulas de escape!
E nisso eu notei que parei de chorar.
Chorar era uma válvula de escape.
Mas chorar é mais acessível quando você está mais próximo do mundo.
Longe do mundo, parece que o choro fica mais fraco.
É isso que quero?
Quando foi que eu parei de estar ali pelo mundo?
Foi uma peça tocante, bonita. Falava sobre Deus, sobre fé, sobre música.
E durante vários momentos da hora de apresentação, me veio o questionamento:
"Quando foi que eu parei de chorar?"
É algo que comentei na terapia recentemente - eu, de repente, notei que já não chorava tanto.
Notei que já não abraçava tanto.
Notei que estava muito confortável com minha distância do mundo.
Tá. Tudo bem.
Mas a distância do mundo me faz bem?
Eu hesito em entender o que devo escrever agora. Estou questionando ainda se tenho a resposta pra isso.
Resposta, possivelmente ainda não. Mas sei de algumas coisas:
Estou mais eficiente. Talvez até mais focada.
Parece que focar menos nos outros e mais em você rende. O tempo rende mais.
Estou também determinada a resolver alguns problemas passados.
Abrindo caixinhas que doem e enfrentando alguns desafios internos. Quero estar em paz.
Falo mais "nãos". Como consequência dos dois pontos acima mesmo.
E isso nem sempre o mundo te entende (O mundo lê-se por pessoas próximas)
Mas também sei de outras coisas:
Estou, inconscientemente, me privando de pequenos prazeres.
Estou abrindo caixinhas demais. Acabo não encontrando minhas válvulas de escape.
Estou fugindo das minhas válvulas de escape!
E nisso eu notei que parei de chorar.
Chorar era uma válvula de escape.
Mas chorar é mais acessível quando você está mais próximo do mundo.
Longe do mundo, parece que o choro fica mais fraco.
É isso que quero?
Quando foi que eu parei de estar ali pelo mundo?
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