Defini o Calendário no começo do ano e o primeiro a jogar seria Brasília! Adoro a cidade, tenho amigos por aqui, me sinto bem. Conheci um pouco do campo no Interfederações em 2015 e gostei.
Primeiro dia de jogo foi difícil - errei a minha melhor tacada, os drivers. Acertei somente 5 de 14 fairways e acabou de tornando um jogo de recuperação do começo ao fim. O resultado não podia ter sido diferente. Esse foi o mesmo erro que tive no segundo dia de Campinas, onde os drivers saiam para a esquerda: ou por erro de posicionamento, ou por uma mão mais agressiva no topo do backswing! Ou ambos!
Segundo dia, fui focada em melhorar os drivers e deu certo: acertei 12 em 14. Tive também 13 greens in regulation, ou seja, minhas tacadas longas e ferros estavam bem. Mas foi nesse momento que comecei a ver alguns pequenos problemas. O primeiro: estrategicamente, errei grandiosamente em alguns buracos e isso me trouxe medo (sentimento terrível para ter no campo de golfe), e segundo: eu sabia que os putters não estavam bem - consegui salvar muito no segundo dia, mas eu tinha consciência que estava insegura.
Fui para o putting green após o jogo e não consegui dai adiante me sentir bem mais e não conseguia visualizar o jogo do dia seguinte. Geralmente gosto de ver meu jogo, analisar no que vou melhorar e me foco nisso desde o dia anterior. Após o segundo dia de jogo, por algum motivo, eu não conseguia.
Cheguei no clube no terceiro dia e fiz a mesma rotina: putting green, driving range e bati bem nos dois lugares. Comecei o jogo com bom driver, segunda tacada no green e três putters. OKay, sem problemas. Segundo buraco, estava a um metro da bandeira: errei o par. Okay. Salvei um birdie de 5 metros no terceiro e vi uma esperança. Acertei o green no par 3 seguinte, três putters.
A cabeça de um golfista é extremamente complexa e nesse momento, eu sabia que estava batendo bem, mas que o meu putter tinha travado! Não conseguia julgar a velocidade da bola, não conseguia ler uma caída e isso passou a afetar meu fairway. Tive uma sequencia de double-triple-double (com muitos putters) e desabei. Eu tive um BRANCO TOTAL! Foram momentos difíceis a cada swing - eu precisava de concentração extra somente para acabar a volta e lutando, finalizei com dois pares para minha pior volta da semana.
Na segunda volta, meu único plano era focar em cada tacada como um treino para o próximo campeonato. Acertei bons approachs, bons ferros, bons híbridos.
Acabei o jogo ainda batendo de forma satisfatória na bola, mas com o maior número de putters desde que comecei a registrar minhas estatísticas. Frustração era o sentimento que me descrevia de forma integral.
Conversei com algumas pessoas queridas - eu não sei o que aconteceu. Esse branco veio num momento importante, momento que eu havia decidido meu treino focado no jogo curto. Mas claro que os resultados de treinos não vem rápido assim. É preciso investir tempo, treino e principalmente ENFRENTAR SEUS MEDOS. Eu preciso me preparar melhor psicologicamente para poder enfrentar esses erros e saber que eu posso melhorar e me recuperar quando necessário.
Golfe é complexo. É cruel quando o desapontamento vem de você. Mas é nisso que crescemos e com isso que ganhamos maturidade esportiva.
Levanta a cabeça, sacode a poeira e vamos pro próximo!