segunda-feira, 25 de abril de 2016

XXXIII Aberto de Brasília - sentimentos à flor da pele

Decidi jogar o Tour Nacional em 2016. Decidi para conhecer outros campos, para conhecer outras jogadoras, para me incentivar a treinar mais e porque eu sempre tive essa vontade. 
Defini o Calendário no começo do ano e o primeiro a jogar seria Brasília! Adoro a cidade, tenho amigos por aqui, me sinto bem. Conheci um pouco do campo no Interfederações em 2015 e gostei. 

Primeiro dia de jogo foi difícil - errei a minha melhor tacada, os drivers. Acertei somente 5 de 14 fairways e acabou de tornando um jogo de recuperação do começo ao fim. O resultado não podia ter sido diferente. Esse foi o mesmo erro que tive no segundo dia de Campinas, onde os drivers saiam para a esquerda: ou por erro de posicionamento, ou por uma mão mais agressiva no topo do backswing! Ou ambos!

Segundo dia, fui focada em melhorar os drivers e deu certo: acertei 12 em 14. Tive também 13 greens in regulation, ou seja, minhas tacadas longas e ferros estavam bem. Mas foi nesse momento que comecei a ver alguns pequenos problemas. O primeiro: estrategicamente, errei grandiosamente em alguns buracos e isso me trouxe medo (sentimento terrível para ter no campo de golfe), e segundo: eu sabia que os putters não estavam bem - consegui salvar muito no segundo dia, mas eu tinha consciência que estava insegura. 
Fui para o putting green após o jogo e não consegui dai adiante me sentir bem mais e não conseguia visualizar o jogo do dia seguinte. Geralmente gosto de ver meu jogo, analisar no que vou melhorar e me foco nisso desde o dia anterior. Após o segundo dia de jogo, por algum motivo, eu não conseguia.

Cheguei no clube no terceiro dia e fiz a mesma rotina: putting green, driving range e bati bem nos dois lugares. Comecei o jogo com bom driver, segunda tacada no green e três putters. OKay, sem problemas. Segundo buraco, estava a um metro da bandeira: errei o par. Okay. Salvei um birdie de 5 metros no terceiro e vi uma esperança. Acertei o green no par 3 seguinte, três putters
A cabeça de um golfista é extremamente complexa e nesse momento, eu sabia que estava batendo bem, mas que o meu putter tinha travado! Não conseguia julgar a velocidade da bola, não conseguia ler uma caída e isso passou a afetar meu fairway. Tive uma sequencia de double-triple-double (com muitos putters) e desabei. Eu tive um BRANCO TOTAL! Foram momentos difíceis a cada swing - eu precisava de concentração extra somente para acabar a volta e lutando, finalizei com dois pares para minha pior volta da semana.

Na segunda volta, meu único plano era focar em cada tacada como um treino para o próximo campeonato. Acertei bons approachs, bons ferros, bons híbridos.
Acabei o jogo ainda batendo de forma satisfatória na bola, mas com o maior número de putters desde que comecei a registrar minhas estatísticas. Frustração era o sentimento que me descrevia de forma integral.

Conversei com algumas pessoas queridas - eu não sei o que aconteceu. Esse branco veio num momento importante, momento que eu havia decidido meu treino focado no jogo curto. Mas claro que os resultados de treinos não vem rápido assim. É preciso investir tempo, treino e principalmente ENFRENTAR SEUS MEDOS. Eu preciso me preparar melhor psicologicamente para poder enfrentar esses erros e saber que eu posso melhorar e me recuperar quando necessário.

Golfe é complexo. É cruel quando o desapontamento vem de você. Mas é nisso que crescemos e com isso que ganhamos maturidade esportiva.
Levanta a cabeça, sacode a poeira e vamos pro próximo!




3 comentários:

  1. Somente através da persistência e do bom ânimo é que conseguimos tornar realidade nossos mais ousados sonhos.
    Quando se tem a certeza interior de que estamos no caminho certo, nada, nem ninguém, pode ser mais forte que nós mesmos.
    Possuímos uma força poderosa, capaz de perseverar e conseguir tudo, bastando acreditar firmemente que, mesmo difícil, jamais será impossível.
    Sempre em frente Roberta..
    Forte abraço

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mauro, você está certíssimo. Muito obrigada pelas palavras.
      Estou me reconstruindo - cabeça erguida e bola pra frente!

      Abraços (e obrigada de novo pelas fotos)
      Roberta

      Excluir
  2. Foco, força e fé...
    Errou, descobriu os erros, souber ler o jogo. Agora e trabalhar para ajustar, tem feito isso muito bem e com muita dedicação. boa sorte em p.a
    beijos

    ResponderExcluir