sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
O começo do retorno!
Acordei determinada hoje: VOU TENTAR JOGAR 9 BURACOS!
Ontem mal conseguia manter minha ansiedade antes de dormir - passei pela iodoterapia há quase duas semanas e comecei a tomar hormônios há dez dias e venho sentindo mais disposição e indícios que talvez seja o começo de uma vida "mais" normal de novo...
Não foram mil maravilhas após a iodo - apesar da internação ter sido muito tranquila e relaxante, o corpo não reagiu bem à algum fator desconhecido. Então durante mais de uma semana, tive ânsias, estômago complicadíssimo, dores sem sentido, ausência completa de paladar, mas que no fundo eu sabia que pacientemente deveria esperar. Hoje sinto que elas estão passando e o num futuro próximo estarei 100% isenta desses (d)efeitos!
O retorno do golfe pra mim é um fator que vai além da prática esportiva - o golfe é parte da minha filosofia de vida! Comecei a jogar golfe desde criança, minha mãe foi (e é) uma grande jogadora na minha concepção e meu pai sempre esteve nos campos. Por sorte, tive a chance de ter pais jogadores e um clube que cresceu com um grupo de crianças que gostavam do esporte. Quando adolescente, saia da escola, pegava dois ônibus da minha casa até o clube, andava mais de quilômetro com meu irmão para bater bolinhas e ter aulas. E fazia todo o trajeto de volta, feliz! Durante anos isso foi normal para nós - íamos para torneios porque algum pai bancava transporte e tinha muito boa vontade: chegávamos de Combi (famoso expresso azulão), de carro emprestado, com uniformes que alguém havia pago, com aulas que o clube absorvia. Tínhamos torneios infantis porque os dirigentes do clube e pais da crianças cediam o espaço, compravam juntos os troféus, incentivavam muito. E isso sempre fez com que valorizássemos a experiência de uma forma distinta. Não estávamos no golfe de graça ou porque tínhamos condições financeiras pra isso - era oportunidade única e lutávamos por isso.
Tanto que tivemos que nos afastar após algum tempo. Com a realidade que as finanças não eram suficiente para manter o esporte, a necessidade da dedicação nos estudos para a faculdade, me afastei do esporte que mais amava e fui correr atrás do que era necessário naquele momento. Sabia que um dia voltaria...
Porém, por ser golfista (não acredito em ex-golfistas!!), consegui o contato para meu primeiro emprego no Brasil, conheci o meu marido, aprendi lições que talvez demorasse anos para ter e hoje tenho um convívio social privilegiado com amigos e minha família, que também voltou ao golfe depois de anos fora do esporte! E além disso, tenho a feliz oportunidade de trabalhar nesse meio para passar essa mensagem do esporte para outras pessoas.
Depois de alguns meses em tratamento, acho que agora é o momento de tentar enfrentar o campo novamente. Acho que vai ser o melhor incentivo do mundo e minha maior terapia. Não consigo ver minha pessoa sem ver o golfe e com certeza isso vai me incentivar a buscar a melhor condição física e mental. Vai me dar força, como sempre deu.
Não há mal que perdure, nem Bem que pra sempre dure. Que venham os campos, mesmo que somente 9 buracos, novamente! ;) ;)
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Roberta. Só de imaginar que vc está em campo, vc já voltou a jogar...
ResponderExcluirBom retorno e volte com tudo! O Golfe agradece... Superbeijo. Rodrigo.