Já dizia Renato Russo: "Meu Deus, mas que cidade linda..."
Chegou a data do Aberto de Brasília. Campo que conheci e me apaixonei pelo nível técnico alto e fairways fechados desde a primeira visita em 2015, ainda como espectadora. Amo o campo, adoro a cidade e os buracos com vista para a Lagoa Paranoá ganham meu coração sempre.
Esse ano Brasília teve um sentimento um pouquinho menos agradável, pois ele coincidiu com o Aberto de Poços, meu clube. E confesso que por semanas fiquei imensamente magoada por ter que escolher entre um deles, mas no final, a razão e meus objetivos falaram mais alto que a emoção de jogar em casa. Uma pena, mas fica pra outro ano...
Cheguei um Brasília com focos diferentes do ano anterior - já sou um pouco mais madura que no início de 2016. Tinha minha estratégia de campo definida, forçando minhas boas tacadas e evitando áreas de turbulência, e também com uma rotina um pouco mais estruturada. Porém, estou menos estável tecnicamente. Então seria um jogo mental.
E foi. Tive um momento de deslize no primeiro dia, subindo 6 tacadas em 2 buracos seguidos, mas toquei bem o putter, acertei na estratégia e o swing estava compacto - com isso fiz 3 birdies e sai positiva do campo.
E continuou sendo mental no segundo dia. Ao contrário do primeiro, a batida não estava legal, os putters não entraram e minha cabeça foi vagarosamente perdendo confiança e ganhando conflitos. Foi um dia muito difícil, com somente 5 fairways e isso pesou bastante. Acabei com um birdie no último buraco e a sensação que tinha perdido o dia pra mim mesma.
Comecei o terceiro do jeito que eu queria. Cheguei cedo no driving range, fui para os putters com antecedência, parei um pouco antes do jogo para respirar e concentrar. Queria que conseguisse manter minha cabeça em jogo por 18 buracos. Esquecer o resultado e pensar somente em cada swing.
Foi uma montanha russa. Batidas excelentes. Batidas medianas. Putters lindos. Putters curtos quase. Os fairways ainda foram difíceis de acertar. Mas eu estava mais feliz comigo mesma - minha mente estava em paz durante o jogo.
Mesmo com o score sendo parecido com o ano anterior, eu me sinto uma pessoa muito diferente em campo. Me sinto mais completa, mais capaz. Claro que as melhorias vem com intenso treinamento - se me dedicar, posso melhorar. E pretendo seguir nisso.
Vi nas lembranças do FB o meu post desse Aberto no ano anterior. E vi que sai com conflitos desse campeonato. Esse ano saio com esperança que o golfe vai melhorando aos poucos em cada um dos seus pilares.
Voltarei em 2018.
Se possível melhor mentalmente, tecnicamente e fisicamente!
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